
O que é um densitômetro?
O densitômetro é um instrumento eletrônico de controle de processo utilizado para medir a densidade óptica em reproduções impressas ou transparências. Na impressão ele é empregado para a análise das provas em relação aos valores referenciais, para o ajuste da carga de impressão e no controle da uniformidade e estabilidade da cor impressa. Todas as suas funções geram valores numéricos, que podem ser representados graficamente e utilizados no controle do processo de impressão.
Como avaliar o impresso
Sempre que for possível, como enfatizou o técnico, a leitura do densitômetro deve ser feita nas tiras de controle. Quanto mais larga for a tira melhor será a avaliação do densitômetro. Porém, pela falta de espaço nas laterais do papel que acontece na impressão offset rotativa, essas tiras variam entre 3mm e 1mm. “Já existem densitômetro podem variar entre 5mm e 1,7 mm. “Já existem equipamentos capazes de ler tiras com 0, 7 1,7 mm.
Por isso, não há mais como dizer que não se tem espaço para a impressão utilização das tiras”, comentou Vinícius Machado. Nato. Para identificar qual equipamento utilizar, é preciso saber que existem dois tipos de densitômetro: o de reflexão e o de transmissão. O primeiro é empregado para medir a densidade da cor em impressos opacos e nas chapas, e o segundo em materiais translúcidos. Assim, o densitômetro de transmissão reflexão é usado durante o processo de impressão e o de transmissão na pré-impressão.
O densitômetro de reflexão, foco da palestra, é composto por uma fonte luminosa, um filtro infravermelho, uma abertura e lentes que concentram focam a luz. O aparelho emite um feixe de luz, que atravessa esses elementos e bate no impresso. Os Somente os raios refletidos num ângulo de 45° passam por filtros de cores, por um sensor, chegando ao amplificador, que transforma a densidade ótica recebida em um valor, obtido através de um cálculo logarítmico.
Assim, o que determina a densidade da cor no densitômetro é a relação entre a luz incidente e a luz refletida. Em conseqüência, quanto maior a carga de tinta sobre o impresso maior a densidade, pois a reflexão será maior. quantidade de luz refletida será menor.
Porém, existe um limite nessa parábola. matemático neste tipo de aparelho “Chega um determinado momento que, devido à equação logarítmica a equação logarítmica, utilizada por mais tinta que se adicione, o número obtido no densitômetro não sobe aumenta mais na mesma proporção. Somando-se a isso o ponto de saturação limite de transferência da própria tinta, podemos considerar que resultados acima de densidade 2 significam muito acima dos padrões podem significar que estamos jogando tinta fora. Alguns detalhes devem ser observados na escolha e no uso de um densitômetro.
Filtros de cor - Quando o objetivo é a padronização do processo de impressão, é fundamental que se especifique qual tipo de filtro de cor o aparelho utiliza. Ele pode ser de banda larga ou estreita, e os resultados diferem bastante de um para o outro. É importante, também, estar atento ao prazo de validade do filtro, dos filtros, que são normalmente de dois anos.
Abertura - A abertura varia de um modelo para o outro (3 mm, 2 mm, ex. 3,2 mm e 1,7 mm) e tem de ser condizente ao tamanho da tira de controle que a máquina imprime. irá utilizar. Filtro polarizador - Não se pode esquecer de verificar se o aparelho possui ou não o filtro polarizador. Esse filtro, de cor cinza, serve para tirar a interferência do brilho durante a leitura. Sem ele, o densitômetro pode entender o brilho como intensidade de luz, captar o brilho em seu sensor e interpreta-lo como densidade, comprometendo o resultado.
Validade da placa de calibração – É ela que transforma a densidade de luz em um logaritmo Placa de calibração – É ela que traz a referência de densidade para se efetuar a calibração do aparelho. Se ela estiver estragada ou suja, o densitômetro será calibrado com referências erradas, fazendo com que todas as medições feitas com ele sejam incorretas.
Normalmente a validade varia de seis meses à a dois anos. Além dessas variantes, a configuração do aparelho também muda.
Existem os modelos manuais, mais baratos e também mais lentos (consomem de 15 a 20 minutos para fazer a leitura de um impresso, frente e verso), e os de varredura, que trabalham como um scanner e demandam em média 15’’ 20’’ nessa tarefa. Os Existem dois tipos de densitômetros de varredura podem estar numa unidade acoplada à impressora, para a qual o operador tem de levar varredura.
Os que efetuam a leitura do caderno depois que saiu da impressora, necessitando que operador busque o material impresso para fazer a leitura, ou acoplados ao tinteiro de impressora, executando a leitura na velocidade se fazer à leitura. Esse tipo de densitômetro pode ou não ser acoplado aos tinteiros da máquina para que seja possível um ajuste automático. O outro tipo é colocado como uma unidade na impressora, após os chill rolls, lendo a tira da impressão. Ambos realizam os ajustem necessários automaticamente a partir dos dados da leitura de controle na velocidade da máquina, faz automaticamente o ajuste da carga de tinta, diminuindo, assim, o desperdiço de material e tempo. Ambos necessitam de pré-ajustes eficientes para que o retorno do investimento ocorra em um curto espaço de tempo.
Funções do densitômetro
O densitômetro tem várias funções. Ele analisa e transforma em valores. As principais delas são:
Densidade da cor – A medição da densidade da cor permite o ajuste da carga de tinta e a padronização da impressão. Ela deve ser medida nas tiras de controle. Na falta delas, a medição deve pode ser realizada em áreas chapadas.
Ganho de ponto – O ganho de ponto é o aumento na dimensão do ponto de retícula, inerente ao processo mecânico de impressão. A medição desse ganho determina como os pontos estão sendo reproduzidos, informação preciosa para a pré-impressão, que pode então compensar na geração dos filmes ou das chapas (CTP) o ganho de ponto da máquina impressora.
Muitos fatores interferem no ganho de ponto, como carga de tinta excessiva, balanço de água/tinta, chapas, condições da impressora, tipo de tinta e de papel. O ganho de ponto deve ser medido em área de retículas e meios tons nos meios tons (retículas) e nos chapados.
Contraste de impressão – Ele está relacionado com o nível de detalhamento da imagem impressa, quando comparado a à densidade. Ou seja, através do contraste pode-se determinar a maior densidade possível com o menor ganho de ponto. Quanto maior o contraste melhor o maior o número de detalhes observados impresso está sendo reproduzido (mais detalhes). O contraste deve ser medido nas áreas chapadas (100%) e nas áreas de retícula (75%).
Trapping – O trapping é o percentual de aceitação da cor subseqüente sobre a cor já impressa. Quanto maior o trapping maior a gama de cores que podem ser reproduzidas. Vários fatores podem interferir nessa sobreposição: seqüência de impressão, tack (pegajosidade) das tintas, estabilidade de tack, característica de transferência, intervalo de uma cor sobre a outra, velocidade de impressão, características do papel e da blanqueta.
O trapping é medido nos steps de 100% (sólidos) e nas sobreposições das cores (verde, vermelho e azul). Numa escala de 0 a 100%, resultados obtidos pelo densitômetro menores que 75% já indicam problemas.
Escrito por Carlos Sotelo
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